O fim do ano traz consigo o inevitável,
e por vezes maçante, balanço de conquistas e pendências, como se tudo, no final
das contas, fosse uma espécie de extrato bancário, com desejos, cobranças,
satisfações pessoais e frustrações. E se o tal saldo não for positivo, fica a
sensação de incompletude, devidamente compensada pelas compras natalinas (estas
estimuladas pelo bombardeio propagandístico/midiático que assola nossas vidas).
Mas o que realmente vale fica meio
perdido nesse turbilhão de obrigações, códigos sociais, tapinhas nas costas,
anseios e risos amarelos: cada vez menos ficamos perto de quem amamos, daqueles
que realmente se importam conosco. Dessa forma, para além de desejar “paz,
saúde, felicidades e prosperidade”, que são realmente importantes, mas que se
banalizaram nesse mar do senso comum e dos clichês das mensagens natalinas,
deseje estar perto das pessoas que realmente contam. Talvez o saldo fique um
pouco mais positivo.
Nenhum comentário:
Postar um comentário